Destaque Cerimonialistas apostam em casamenteiros para ajudar a selar união homoafetiva de crenças distintas Por Repórter do Dia Postado em 29 de março de 2018 3 Primeira leitura 0 7 1,204 Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Reddit Compartilhar no Pinterest Compartilhar no Linkedin Compartilhar no Tumblr No lugar do padre ou do pastor, um celebrante: profissional contratado para chancelar a união dos noivos em cerimônias personalizadas. Cada um deles também tem uma forma de construir a cerimônia. Hoje em dia, é comum presenciar casamentos em que um amigo ou familiar mais chegado faz as vezes de celebrante. Mas vale lembrar que não basta apenas saber falar em público. Além disso, não é um espaço para experiências, trata-se de um dos dias mais importantes da vida do casal e da família. “Vou ser o último a conhecer o casal e o primeiro a falar o que quiser a respeito dos dois”, brinca Fredh Hoss. Ele começou a carreira em 1999 e, em 2005, abriu a primeira escola de celebrantes do país. Desde então, já formou mais de 500 pupilos – dos alunos mais bem-sucedidos, 90% são mulheres, afirma Fredh. No entanto, quando começou a carreira, nos anos 1990, Beatriz Moura Leite, do Casamento Celta, passou por situações chatas. “Uma vez acharam que meu marido, que é também meu sócio, era o padre e eu estava lá para auxiliá-lo”, lembra Demanda de públicos ecléticos, cada profissional tem uma marca registrada. Formado em filosofia e teologia, Rafael Divino faz discursos poéticos nos quais combina Platão e Fernando Pessoa, por exemplo. Costuma ser procurado por casais que já moram juntos, do mesmo sexo, que estão no segundo casamento ou que seguem crenças diferentes. Nada impede, no entanto, que existam elementos religiosos na cerimônia. “Já aconteceu de uma avó estar chateada com a falta de um padre na celebração. Então os noivos resolveram distribuir vidrinhos com água benta”, conta Márcia Henz.