Destaque Cachaça de Alambique: produtores apostam na qualidade e no marketing para alavancar o produto brasileiro. Por Repórter do Dia Postado em 21 de outubro de 2017 9 Primeira leitura 0 22 1,717 Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Google+ Compartilhar no Reddit Compartilhar no Pinterest Compartilhar no Linkedin Compartilhar no Tumblr A produção de cachaça artesanal de alambique está crescendo a cada dia. Nos últimos anos o mercado da produção de cachaça no Brasil vem fugindo do que para muitos potencializa crise econômica, oposto a circunscrição de despesas, a expectativa do setor é o crescimento de 7% na produção e cerca de 1,4 Bilhão de litros de cachaça engarrafada pensando nos mercados internos e externos. Segundo a Associação Nacional dos Produtores de Cachaça, o Brasil possui cerca de 40 mil produtores de cachaça artesanal de alambique. O mercado da cachaça está passando por uma nova fase, antes vista como uma bebida sem sofisticação, a nova fase busca atiçar o mercado trazendo assim uma roupagem mais atrativa desde o design das garrafas até a finalização dos rótulos, que trazem além do bom gosto diferenciado pelas destilarias, uma maneira de atingir as mais altas camadas da sociedade, que detém um poder aquisitivo mais alto. Com a exportação da cachaça para outros países, novas técnicas estão sendo implementadas e novos alambiques, destilarias de cachaça vem surgindo neste mercado que tende cada dia mais a aquecer o crescimento da produção. É o caso da Destilaria de Cachaça da Amazônia, localizada na cidade de Abaetetuba, no estado do Pará, que está se preparando para o lançamento do seu produto. A cidade é conhecida tradicionalmente como “Terra da Cachaça” por já ter produzido muita cachaça em quantidade e qualidade. Destilaria de Cachaça da Amazônia Ltda “Nossa cidade tradicionalmente já produziu muita cachaça em qualidade e quantidade. Acontece que com o governo militar e a abertura das estradas, deixamos de ser isolados do restante do Brasil. Daí começou haver a entrada de produtos de baixo valor produzidos em grandes usinas (Cachaça Industrial) do nordeste e do Sul. Os Engenhos Abaetetubenses operavam na várzea (que é nossa região de ilhas) Onde não existia luz elétrica e infraestrutura, tecnologia para se competir com os produtos de fora. Faltou também apoio governamental e das instituições bancárias. Sendo assim os Engenhos da época não conseguiram se modernizar e até o final da década de 90 praticamente todos pararam de produzir. Mas sempre ouve pequenos Engenhos produzindo muito pouco artesanalmente”, completa Omilton Quaresma, Engenheiro Químico e sócio-proprietário da Destilaria de Abaetetuba. Em muitos setores do mercado brasileiro encontramos vários obstáculos decorrentes da crise econômica – segundo o empresário, uma das estratégias para driblar tais obstáculos, está o investimento em qualidade do produto, e diz ainda que o planejamento de lançamento de sua cachaça denominada Cachaça Indiazinha está demorando um pouco, devido essa busca de qualidade na finalização do produto e afirma que todos os detalhes foram trabalhados minuciosamente, a cachaça Indiazinha será lançada em duas edições Flecha Prata e Flecha Ouro. Na busca desses diferenciais o que vem à tona também é a certificação do produto, dos produtores e dos envolvidos em todo o processo de produção até o consumidor. Neste caso a Destilaria de Cachaça da Amazônia, é a única destilaria 100% legalizada do estado do Pará. E possuem Licença Ambiental, Registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) segundo o próprio MAPA a Destilaria é a única no Pará que produz desde a Cana até o produto engarrafado, outros compram Cachaça de fora para engarrafar ou fazer licores e bebidas mistas. Representação da Garrafa e Rótulos das duas versões da Cachaça Indiazinha (Ouro e Prata) “Utilizamos a mão de obra artística de Abaetetuba-Pa. Nosso rótulo foi criado pelo artista plástico local renomado Marcelo Vaz. Nossos barris para o envelhecimento de cachaça são feitos e reformados por um Tanoeiro local. E estamos em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) desenvolvendo o primeiro estudo sobre processo produtivo e envelhecimento de cachaça do estado. Logo em seguida ainda iremos unir ao projeto o talento dos artesãos de Brinquedo de Miriti para o desenvolvimento de embalagens especiais para nossas Cachaças”, complementa o empresário, que investe no diferencial do produto para atingir a sofisticação de qualidade. Sobre outra estratégia de produção Omilton fala sobre o marketing: “Hoje na era tecnológica se não investir em marketing junto a uma equipe/ empresa especializada o risco do fracasso é muito grande. As pessoas querem saber hoje em tempo real o que está acontecendo no mercado, quais as novidades, qual o diferencial. E tudo isso tem que ser apresentado dentro de uma estratégia, de forma criativa e autêntica. Os resultados obtidos com uma maior qualificação da cachaça estão motivando uma corrida de outros produtores em busca de uma bebida que atraia o mercado externo. Capacitar pequenos produtores também parece uma saída para aquecer o mercado de produção da cachaça de qualidade.